quinta-feira, 6 de maio de 2010

a arte de legislar

A arte de legislar

"governar é a arte de criar problemas cujas soluções mantenham a população em suspense" Ezra Pound

Ou, adaptando para os dias políticos de hoje, seria a "arte" de expor problemas para manter a população desatenta aos fatos outros, que interferem mais na vida de cada cidadão, e não está nas prioridades da autoridade em questão, como podemos ver nas exumações dos esqueletos de vinte anos ou mais, de desmandos no legislativo vergonhoso que elegemos nesse tempo todo de asnices eleitoreiras. Um exemplo exemplar: os mais de DUZENTOS servidores de cafezinhos do senado!! Juntados aos DEZ mil funcionários da casa, mumificados entre as quatro paredes ou desintegrados pelo país todo, ou melhor, pelo mundo todo, expondo ao ridículo os caras de pau, senadores que se dizem desinformados sobre o número de capachos a seu serviço, e querem se indignar com fatos comprovados, descritos pela mídia, segundo eles,culpada.
Hoje ostenta vergonhoso numero de quase três mil funcionários "comissionados", desses, quantos fantasmas perambulam pelas ruas?!
O Senado foi aberto em 1826, criou corpo em 1888 com o processo da extinção da escravatura, albergou grandes figuras no decorrer desses 180 anos de existência. Senadores da extirpe de Rui Barboza, entre tantos, se sentiriam ultrajados pelo atual quadro de legisladores (salvo alguns), que se locupletam dos cargos para os quais foram eleitos, e fazem da Casa do povo, sua casa, ou pior, a casa de ninguém, donde se pode extrair todo tipo de benesses, agora sob a chancela de "secreto" para suas farras, desde apadrinhamentos a formação de quadrilhas dentro dessas tantas paredes. Este terceiro pilar do poder está apodrecendo, ferido de morte pelas estripulias de tantos, e pede socorro!
Não vale a pena enumerar as falcatruas pluripartidárias de que somos vítimas, enquanto cidadãos, da atual legislatura, ou de passado recente, pois são tantas e de tal repugnância, que afetam o humor de qualquer um, mas é preciso aumentar a boca do trombone quando se fala de dinheiro público, porque estamos falando do NOSSO dinheiro, dos cinco meses de trabalho de cada cidadão, que é repassado para nossos servidores, pelos quais nos é devida explicação de como, porque e quando foi investido, e, principalmente, o que retorna para o cidadão, dessa quantia monstruosa de grana, que é engolida por esse dragão chamado imposto, e devidamente nomeado, já que imposto mesmo a cada um de nós, desde o cafezinho na esquina ao papel higiênico dos banheiros.
Pois é, velho Ezra, governar não deveria ser criar problemas, mas sim, solucioná-los, sem alarde e sem cara de pau, por pessoas decentes, que temos muitos, no lugar desses crápulas, que não são poucos.

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