domingo, 29 de agosto de 2010

Os flautistas


Ainda estaremos aqui
Quando se forem os meninos
Navegar seus próprios ares.
O toque dessa flauta
Espanta os ratos e germina
Gerânios e novos planos...
Há um perigo enorme rondando
Na presença desses homens
De fé cega ou nenhuma.

De olho na falha do homem
Viajam os enormes sustos
Pelas sombras, pelas bombas,
Outros pelas palavras, todas
Armas perigosamente mortais.

Cuidado com a criação das maldades
Vociferando narinas
Desse dragão de letras ou adagas.
Cuidado com ativistas irreais,
Conquistadores dessa paz sem paz.

Cuidado com a fome dos nômades
Que nada crêem e moldam o tempo.
Cuidado com os prometedores,
Devastadores dos medos.
Cuidado, muito cuidado que
A esperança não morre, mas
É a última que mata.

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