domingo, 17 de outubro de 2010

momentâneos


Se meu corpo
Não quisesse dormir agora
Me manteria acordado os olhos
De uma razão de fatos...

Mas estou cansado, de mãos doídas,
As plantas dos pés ardendo estradas
E uma canseira nos olhos,
Que se apagam.

A mente acorda ainda
Os sentimentos mais hostis à mágoa.
Sei, como não sabia antes, que
É rude o atual instante.

Antes que se apague a noite
Desses meus cansados membros gastos,
Procuro ouvir os cânticos
De meu tempo menino...

Aquilo sim, a minha vida basta
Para explicar porque, frente à dor,
Que passa,
Ainda estou sorrindo.

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