terça-feira, 19 de outubro de 2010

Novo tempo


O aparecido na névoa de esquecimentos
Pode ser importante ou esmo...
As faces róseas, agora feridas rugas,
As vivências, enfim, dessa doce criatura,
Que foi rósea, depois escura,
Dessa escureza de manchas que a idade planta
Nos sorrisos do tempo que deixou
Saudades.

Ah, sim, todas as belas menininhas,
Agora feridas, trazem um rancor dos fatos
Daqueles tempos, líricos, botados...
Que a vivência nos caminhos tantos
Traz essas marcas dos desencantos,
Mesmo que líricas, mesmo que ralas,
A fugir das luzes do espelho sincero
Da mesma sala.













Mas o tempo, menininhas,
Também é caro aos seus nubentes,
Que fazer agora das poses áridas,
Dos músculos, das velhas taras,
Se não o olhar compadecido
Desse novo tempo?
É que o tempo, menininhos,
É mais relento.


Sorrir! Mesmo com lágrimas
De tais sentimentos...
Que o riso não é descarno, pode ser
A vida recomeçando os laços
Entre o vivido e o esperado, lento,
Mas aguçado momento de sorrir
Dos aros desse esplendoroso
Novo tempo!

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