sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O galo sem cabeça


De um tempo sem alegorias
Lembro
O facão afiado penso sobre
O pescoço do galo,
A canja do dia,
O golpe,
O sangue, a corrida do galo,
Por um segundo?
Sem a cabeça!

Neste tempo de alegorias
Esses galos sem cabeça
Correm
À besta pelo caminho torto
Das eleições munidas
De facão e braços fortes
E o golpe,
O sangue, a corrida...
Sem cabeças.

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