segunda-feira, 9 de maio de 2011

ciclos


Desta árvore no cio
A sombra esquelética despenca
Folhas amarelas e flores podres.
É o tempo de desfazer-se das sobras,
A sombra sabe e se encolhe
À sua condição de passado.

Nascerão desta árvore
Os anfíbios sem pernas,
com pequenas barbatanas,
Que serão jogadas fora futuramente,
Por imprestáveis.

Quando penso nisso, tremo.
Temo pelo meu futuro, como imprestável,
Quando minhas pernas serão descartadas
E pequenas barbatanas me ensinarão,
outra vez,
A nadar.

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