quinta-feira, 30 de junho de 2011

desabroches


Com o suave sol de junho
Desabando sobre mim, estou calmo
Entre as calmarias desta tarde...
As mãos invisíveis afagam
Vendo-me triste...

Mas não estou derrotado, não vivi
As amarguras prensadas nas lides,
Apenas consumi-as como quis,
Ou como quereria minha sorte
De ainda sorrir.

Fico ouvindo essa harpa nos dedos
De um menino prodígio, que, penso,
Poderia ter sido eu, com o violino
Que meu pai deu, julgando-me capaz.
Que não aconteceu.

Assim como não aconteceram tantas
Outras iniciativas, falhas talvez
Das próprias, ou de minhas feridas
Absortas nos fracassos de viver-me
Enquanto talo.

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