quinta-feira, 30 de junho de 2011

Filhos de Peleu


A fúria de Peleu Aquiles
(mil anos antes de Cristo, ou mais)
Ainda cheira carniça
Nos morros do Rio, nos alagados,
Nos fundos das pontes
de São Paulo...

Nas brigas das ruas, nas valas
Fedidas das velhas cidades,
Carcomidas por seus apeleus
De um tempo novo, velhos fornidos
Afélios no que se perdeu...
Mais velhos...menos podres...

Apenas pétricos arbustos
Nessa imensidão de frutos novos,
Renovados a cada muda,
A cada poda de cada vestal,
Varridos pela fúria daquele
Primeiro rei ancestral.

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