segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Éden


Um dia
a gente
ia nascer
Gente.
Mas no princípio era
O verbo.
O verbo
tido como barro.
Barrento?
Não.
Sacrário.

Um dia
Fez-se
A luz.
No seguinte
Deu-se à luz
este ser que
Reproduz
Sempre igual,
Mamífero,
Fero,
Animal.




Terra do sinal da cruz


Disse o mestre que viria
Alguém de outro mundo
Catequizar-nos índios
Com sua fé não nossa...

E veio.
E como veio...
Veio
Levando a rodo a conquista
Da pele, da vista, da crença.

Mas, lenta...
Lentamente levaram os
Ouros
Dessa terra
Aqueles predadores
De um outro mundo,

De onde
O mestre, já morto,
Preconizou que viriam.

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