segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O quadro


Derramar as tintas
Desses sentimentos
Numa tela em branco,
Caderno brando.

Tentar a figura
Do contentamento.
Duma lua cheia?
Da mulher amada?

Talvez de um nada,
Que o artista pinta
Faces abstratas.

No desmembramento
Dessa letra errada
Cada pincelada.










alerta


Para quem queira saber a preguiça,
Alerto que não durmo, apenas fecho
Os pensamentos. Que esta guerra de
Tanto atrito atrás de cada janela

Não me diz respeito. Apenas deito
E fecho ouvido aos estalidos, e sei,
Porque me basta saber o que diviso,
Que essas dores e pés enlameados

Não são o agora, são passado.
Alguns rememorando suas culpas,
Desfazendo-se delas inda ocultas.

Quero sabê-las breves ou suadas.
Então, espiadores, vão à merda
Com seus lavores de tanta farsa.

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