terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lagartixas


Nada há de humilde
Na mulher que passa...
Nada de humilde
No terno e gravata...
A existência é um glossário
Das coisas vividas até aqui,
Entre tijolos e tabuados
Findados em ruelas..

Sob as taboas longe do sol
As lagartixas escondem
Sua vaidade feminina,
Lambem os lábios
Procurando sais e
Espreitam moscas...
Estão por aqui bem antes
De sermos donos delas.

Nada há de humilde
Em desassombrar
As paredes deslocadas
Da imagem conhecida.
Apenas nós somos diversos
Dessa lamúria de fatos,
Os outros todos são
Produtos dela.

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