domingo, 11 de março de 2012

Chegou,
carregando um nome
Pesado demais
Para sua miúda pessoa,
Mas todos reverenciam
A pose que embarga vozes,
Uma lágrima se solta,
De nervoso.

Então, na escala de valores,
Solta-te, homem,
De seus tamancos rotos
E viaja...
Que amanhã não terás o
Mesmo hóspede,
Nem sua paz será
Vendida assim barato.

Ele invade teu mundo, homem,
Mas, se nem tu sabes
Que é teu,
Como vai saber o nobre,
Que se perdeu?
Se não ouves
O pensamento dele,
Vai te sentir mais dono
Do que é teu.



Olhe diretamente
Nesses olhos mortiços,
Eles estão medrosos de te mirar,
Pois são acostumados
À baixa das cabeças,
Quando chegam,
E quando partem, deixam rastros
De anomalias para ficar.

Fique ereto, homem!
Não do tamanho do teu corpo,
Mas do de tua alma.
Vê que ele se apequena
Frente à tua resoluta
Imagem?
-Fica ereto, homem, mesmo
Que depois se acovarde.

Estás aqui no teu terreno,
Ciscado e lavrado por ti mesmo,
Então, homem, não se ceda,
A luz é fraca, mas a sombra
É tua, enquanto
Não te amanheça.

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