domingo, 4 de março de 2012

gumareiros


A gente caminhava junto,
A gente se divertia junto...
De repente a gente
Se separou nas trilhas,
Desencontrou-se nas metas,
Distraiu-se nas ofertas...

Agora a gente não caminha,
A gente não se diverte,
A gente nem se vê mais...
E não se perde na memória.
Os desencontros passaram,
As distrações foram embora.

Desencontrados na meta,
Distraídos na oferta.
De repente a gente
Sozinha se derrota.
A gente passou da medida,
A gente virou história.







Em memória


O menino morto
Será sempre um menino.
A foto em sua campa eterniza
Sua meninice,
Feliz dele que não crescerá nunca?

Infeliz dele que permanecerá
Na lembrança menino?
Talvez fosse melhor para todos
Não ter a foto
De em menino,

Assim como os outros cresceram
Ele cresceria junto
Na impressão dos fatos.
Escolheria uma companheira,
Brigaria por um canudo,

Estenderia sua mão grossa
Aos outros meninos,
Filhos seus...
Mas não, o menino morto,
Será sempre um menino.

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