domingo, 11 de março de 2012

Quarta de cinzas domingo


Há mil anos ontem à noite
Perguntaram-me as horas,
O verão mudando ponteiros,
O sábado indo embora...

As crianças dormitando
Enquanto o carro fareja
As poeiras da chuvarada
E o radio anuncia a valsa

Dos carnavais a quaresma
Que dia, mesmo que noite,
Que viagem bem acabada,

Um ponto esperado antes
Uma batida de portas,
O rádio silenciado, o sono...










intempéries


Nem todos os princípios
Retornaram,
Os retardatários se apressam
A chegar antes do dilúvio,
As fraldas da terra firme
Se desmancham
Pela insensatez dos mandantes
E dos construtores radicais
Nas rampas da montanha...
Que se desmancha.

O calendário continua sendo
Sexta feira, antes dos
Finais de cada semana,
Mas não se iludem os passageiros,
A terra está se movendo
Antes...
A vida já foi mais fácil,
Apenas com guerrilheiros mal
Armados.
Agora, a natureza se arma,
E amedronta.

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