terça-feira, 17 de abril de 2012

Em paz


Tranquilamente, Entre a quietude
e o alvoroço, lembro-me elusivo
Que o silêncio me traz a paz.
Nem sei se merecida... Mas, se
Imerecidamente estou em paz.

Entendo a inquietação da juventude,
Essa pressa de não saber pra onde ir.
Espero que entendam a minha lerdeza
De esperá-los aqui, tranquilamente,
Somos parte da mesma natureza.

Um tanto cético dessas premissas
De heroísmos, paroxismos, ismos...
Inda crendo na humanidade sana
Paro-me pela mão ativa e clamo
Pela igualdade dos desiguais.

Tranquilamente desvio da falsidade
Dessas mentes que mentem muito
Desde sempre, pairamos sobre
As tantas falsas lutas, alinhavando
A perenidade das ações amenas.





Espio as vidas heróicas de gentes
Que propuseram a paz em guerra
Devaneando séculos de espera
Depois que sangraram tantos
Impunemente. Aonde foram?

Crente no amor, descrente na
Promessa, sei-me assimilado
Que não tenho a pressa púbere
De correr os prados, mas urdo
A capacidade adulta da espera.

Alimento espírito com minha fé
De uma humanidade plena inda
Que revolta em atos descalabros,
De tempo e tempo assassinando
O futuro de pequenos molambos.

A estressante fadiga pela lida
Traz-me o consolo de vencida
A pausa de chorar e sorrir dela,
Dando por batida a trela que
Tranquilamente conto cruzado.

Tranquilamente sei do silêncio
Que alimenta a alma com fé
Na humanidade das ações, que,
Feitas, não voltarão atrás,
Perfeitas ou imperfeitas.

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