terça-feira, 9 de abril de 2013

Com licença... fb Poesia é por uma vida inteira... Por todas as mortes inteiras, Por todas as mesmas besteiras Que se faça sem o saber... Apenas viver o que passa Sem mesmo o perceber. Poesia pode ser raça, Como pode até não o ser, Mas será sempre fumaça, Mesmo que não houvera incêndio, Ainda que não houvesse cicatrizes, Tombos ou tropeços, A poesia é pras mortes todas De uma vida inteira, Sem impor idéias suas, apenas Revisitando cada momento de vidas, Das mortes, das cicatrizadas Manias de não sofrer sofrimentos, Apenas angaria-los E fazendo-os dominós, Derrubar de um a todos, Assim como se não conhece As coisas que dão o nó. Por alguns senões da vida, Por alguma desmedida Chorada de magoada, Vivida de despedidas O dom da palavra é cúmplice Das anomalias das falas... Alguém disse certas vezes Que existem vidas reveses E outras que se acabam. Mas a palavra não cala... Emerge dos silêncios, Apronta com os desprevenidos Desprotegidos adejados. Quem sabe ainda tenha sentido A palavra do não dito, Entrelinhas dizem coisas Que as linhas não se encorajam. Melhor calar que blasfemar Contra idéias radicais De uma pequena ala. Poesia é palavra inteira, Não cede a meias palavras. Apenas viver-las não basta, Poesia tem de ter raça, Por isso leio Bandeira Entre tantos outros fantasmas De vinte e dois ou seculares... A mesma causa lavada, Como se fora calça, deslavada E destingida. Assim a palavra: -Cala!

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