quinta-feira, 6 de junho de 2013

Entre o ouro e a as cinzas Entre o ouro e a cinza das horas findas Há uma meninice para ser brindada todos os dias Com o louvor aos meninos e respeito à dor dos velhos Aqui carcomidos seres que se prestaram ao soldo Das horas trabalhadas escravas do tempo relógio, Este mesmo que chama nas manhãs frias E nas horas do almoço ou lanche ou vadias de dormir... Ou, pior, para tomar os remédios Para essas dores de hoje, de antes, de sempre, Das mentes acusadas de sorver conhecimentos E plantá-los nas mentes mais novas, frescas de saber, Para depois impor-lhas saber mais e mais Até este patamar de esquecer. Esquecer as regras e até mesmo o nome delas, A saber que vamos todos por esse mesmo talho De mancar as pernas frouxas e a mente ruça... O desacontecer das manhãs frias não é privilégio, Antes incapacidade de levantar os ânimos Outra vez pedidos vir socorrer os fracos Para ao menos não se molhar sob cobertas, Triste descoberta tardia de morrer aos poucos Mas numa velocidade planejada sofrer As agruras de penar as dores do corpo Numa mente ainda não doentia. Triste? Mais triste seria o contrário: a mente doentia Cedo comandando um corpo sadio de vidas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário