quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estilhas De esses fatos velhos postos queimar, Entre as memórias e as estilhas pretas De um tempo antes verde vida, Agora apenas cinzas brancas voando Entre as folhas desses outonos... Esse panorama das coisas vividas Perfaz a ponte entre o aceso porvir E as pernadas esquecidas do carvalho... De mim mesmo, junto com seus galhos Retorcidos pelo fogo, idos na miragem. Quem pode mensurar as forças, se Até o carvalho imponente cedeu Ao corte das floradas? Eu não posso, Disseco as cores de antes vívidas Nessas estilhas de minhas prumadas, Desde quando renasciam primaveras Sem morrer a espera pelo outro, De encontro ao sonho desfeito cinzas Junto aos tocos deixados queimar Suas dores minhas, nesse estorvo.

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