domingo, 4 de agosto de 2013



Meia idade
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No meio da ponte
O medo de não chegar,
De ter partido sem bússola,
De ter deixado deveres e haveres,
De ter cansado antes...

No meio da ponte
O medo de não chegar
À ilusão de finitos entre o nascer
E o hoje, desapercebido de ser
Ainda o infinito de ser.

No meio da ponte
O medo de não chegar...
Ao vento forte dos acontecidos
Flanando entre os irrealizados
Sonhos de poder ter sido...

No meio da ponte
O medo de não chegar...
No acúmulo de deveres fátuos
Sem o haver concebível de saber
O começo do fim.

E descobrir,
No meio da ponte, o balanço
Dos ventos acontecidos ao revés
Mas mesmo assim saber por instinto
Ser infinito viver-se!

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