quinta-feira, 5 de setembro de 2013



Aos deuses momentâneos


O deus imperceptível das intempéries
Recria o medo aos vendavais, ao granizo,
Na dobra dos coqueiros e dos homens
Lenhadores, marinheiros, viajores...

Passa despercebido o momento de pavor
De cada mente acossada pelos tempos
De chuva ou seca, de lavra ou colheita.
Sempre o medo a espreitar as manhãs...

Este deus orado nos assobios do vento
Transmite o medo aos descrentes natos
Pela falta que lhes faz a benção diária.

É hora então de agradecer o fato letal,
A vida continua nos galhos quebrados
E nas campas dos assentados novos...

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