Boa noite
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A parte do menos vivido
Entre escuros de não ver bem
E zunidos de
desouvir ruídos
Crianças, passarinhos filhotes,
Fazem o desacontecido ser...
Não faça isso de isolar-se!
Não se deixe convencer
Pelas dores de não fazer...
Apenas faça, mesmo doído,
O que ainda tenha sentido.
Talvez seja a última dança,
A última réstia de luz,
O último pio nos ninhos,
Não faça caso da dor,
Não se deixe desacontecer!
Se não der para caminhar,
Ajoelhe-se, arraste-se,
Pergunte a terceira vez
Onde estão os óculos...
-Em tua face.
Se não der mesmo para ser-se,
Tenha calma na morte da luz,
Dos ruídos, no fervor da dor
A maior na fuga dos sentidos...
-Boa noite.
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