sexta-feira, 4 de outubro de 2013




Boa noite
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A parte do menos vivido
Entre escuros de não ver bem
E  zunidos de desouvir ruídos
                                                   Crianças, passarinhos filhotes,
Fazem o desacontecido ser...

Não faça isso de isolar-se!
Não se deixe convencer
Pelas dores de não fazer...
Apenas faça, mesmo doído,
O que ainda tenha sentido.

Talvez seja a última dança,
A última réstia de luz,
O último pio nos ninhos,
Não faça caso da dor,
Não se deixe desacontecer!

Se não der para caminhar,
Ajoelhe-se, arraste-se,
Pergunte a terceira vez
Onde estão os óculos...
-Em tua face.

Se não der mesmo para ser-se,
Tenha calma na morte da luz,
                                                     Dos ruídos, no fervor da dor
A maior na fuga dos sentidos...
-Boa noite.

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