Entardeceres
No entanto volta pra casa,
O cansaço faz parte da alegria,
A bebida faz parte das agonias
Deixadas no dia passado...
Do dia passado, somados
Os dias passados, abre-se
Uma fé que desconhecia,
Ora ao santo da folhinha...
Mede-se pela fé repentina,
Pensa-se salvo no entardecer
De tantos dias arrastados
Nas dores dos dias...
Faz-se sábio saber-se leso
Ao último pôr de sol,
Olhando o oeste pondo-se
Em tal letargia.
Foles
A mão que afaga alivia
O sonho passado, deixado ficar
Entre quinquilharias...
Apenas vale a pena guardar
Umas ferragens irrisórias
Daqueles dias trabalhados,
Menos a revolta martelada
Nos dedos distraídos.
Agora a dor maior não é disso,
É da falta que faz a morsa,
A marreta, a forja,
A atribulada nostalgia,
Fogo de antes levado adiante
Nas madrugadas consertadas
A cada dor causada
Pelo estrilar do ferro em brasa
E uma sensação de
Reinventar a vida.
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