Pretérito imperfeito
A lembrança escoa
Das coisas ditas boas
A sangria da natureza,
A das ruins esbraveja.
Aqui se cansam os pés
De carregar moendas,
Sempre girar em volta
Das mesmas dengas.
O sumo que espreme
Dessas andanças tensas
Não é doce ou amargo,
Não é prazer ou fadiga,
Apenas suor extasiado
No ranger a roda vivida.
Das vinhas
Dessas parreiras se extrai
O sumo da beligerância.
Capaz de arruinar sabores
Ou amestrar andanças.
Ao longo das encostas
As uvas se dependuram
Nas traves das forquilhas
A esperar que granassem.
Antes a terra era áspera,,
Depois o vinho é suave...
À mão do homem videiro.
Mas essas encostas ardem
A primaverar as vinhas
Depois da secagem avara.
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