sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014



O dia de vidro


O dia de vidro não se quebra
A cada mão que o abata com força,
Como a esmurrar uma raiva
Concedida.

0 olhar da mãe
Traduz a maternidade da vez,
A vez primeira concebida quando
De malícia se o fez.

A vez segunda...
Ah, a segunda vez a maternidade
Se impõe sobre a mão crime
Que se abriu em sangue.

A vez terceira quando
A mãe abençoa o filho e perdoa,
Só ela, o que ele fez, de mau,
Que só a si não era.

A mão definitiva em oração
Pelo filho que trucida uma família
Sem perder de vista a oração
À mãe pedida.



compunção


Com idade
Para ter vivido
Tudo que a vida possa
Ter servido,

Pede que volte a ser o que
Não foi, que em verdade
Desdobrou-se em dois...

Pensa compungido
Que deveria ter ouvido
Mais do que querido
Nos depois.










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