quinta-feira, 8 de maio de 2014



Doze opiniáticas


Não viajo ao que desconheço,
Vago,
Em mim mesmo me perco...
               *
Se não gasto vintém em flores
Uso
Da pena prá dizer amores...
               *
A vida fez de mim o que quis,
Um dia, mestre,
Outro, aprendiz...
               *
As pétalas num caule mudo
Ainda contam de si,
Ainda lembram de tudo...
               *
As casas em que habito
São aquelas
Com que me visto...
               *
A resposta ininteligível é inaudível,
Pois o que indagas
Não cabe no fio da adaga


O mar é dos náufragos.
São os que ficam,
Cuidando prá que deságue...
              *
As almas entendem o fluir do corpo.
-É preciso mais que isso
Prá saber-se vivo, ou morto?
              *
Todo tempo é tempo pro sentimento,
De amor, de ódio, de paixão ou vicio.
Tem até o tempo pro arrependimento...
              *
Até os esperançosos desesperançam
Quando a vida toma rumos
Que desarrumam...
              *
É de se pensar:o elegido,
Posto no cargo assumido,
Tem uma obrigação a mais...
              *
Quando a palavra toca o coração
Pensa que deve ser sempre doce,
Mas, às vezes, não é doce não.

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