quinta-feira, 15 de maio de 2014



Pernas de pau


Por favor, não tragam pernetas
Para essa corrida de obstáculos...

Sejamos sinceros, não da mais...
A corrente de ineptos para o mundo
À meio caminho de seu destino...
Animais irracionais, embora racionais,
Deixam marcas de sangue
À sua passagem... Sujam de lama
A fama de raciocínio e fé...
Liberam esse odor podrido,
Resvalam nas valas dos brejos...

Por favor, não façam pernetas
Os corredores esperados vencer.














Por isso o escuro


O escuro proporciona ver
Os rostos desativados pelo claro
Dos incididos hoje...
O escuro mostra defeitos
Apagados pela luz,
O escuro apresenta cenários
Reinventados...
Aqui podemos imaginar pessoas
Trafegando pelas idades...
Podemos até personificar
Momentos revividos.
O escuro pinta momentos difíceis
Com certa facilidade...
Pinta sorrisos onde pode
Estar havendo lágrimas...
Por isso o escuro.













Divisão dos seixos


A vida havia dado exemplos,
A vida havia deixado brechas
Para os sentimentos...
A vida havia trazido ventos
E galhos quebrados e amontoados
Na memória doutros tempos.

Aqui nos dividimos,

Somos seletivos aos sentimentos,
Tornamo-nos frágeis, inusitados.
Expando o próximo momento...
Mas a vida não traz esse momento,
Cansou-se de momentos...
De brechas e oportunidades.

A fiada simplesmente esvai-se
Nas dores de quebrar conceitos,
De falhar membros, de coalhar
Olhares nessas cataratas...
A vida assim se dilui
Em nadas.

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