segunda-feira, 18 de agosto de 2014



Repito da outra eleição, pela atualidade do emplacamento das cidades

                                             O riso do lagarto


Pelas expressões nas fotos dos cartazes distribuídos pelas esquinas da cidade talvez você possa ter definido seu voto, olhe bem para os olhos do candidato, ele está sorrindo ou está rindo? É importante detectar essa diferença, porque se lhe parecer que está sorrindo, é para você, se lhe parecer que está rindo, é de você.
Passadas as eleições, é mais fácil definir o riso nos cartazes. Das infinitas expressões destaco o sarcasmo como definidor das intenções. Diferem os risos de alegria, raros, de graça, alguns, outros de escárnio, zombaria, motejo, troça, mofa... esses são motivados pela desconsideração pelo cidadão, eleitor ou não,. Os raros olhares autênticos não definem riso, mas sorriso.
Olhe outra vez para o cartaz, ele está sorrindo ou rindo? Definiu o que vê no seu candidato? Nos olhos dele, prometedores de boa conduta, ou enganadores de conduta duvidosa? Agora ouça, ou leia, suas promessas. Os que prometem ações que não lhe são devidas, duvide. Os que prometem emprego, casa de graça, isenção... esta uma palavrinha marota, muito usada nessas épocas de contas amargas. Pode procurar seu riso outra vez, notará o sarcasmo nele, de algum modo. Isoladamente tem candidato tratando-nos enquanto eleitores como idiotas. Pensa o tal que não discernimos o joio do trigo, o lixo do reciclável, o factível do infactível... mas nós vamos aferir, e, depois conferir o que dizem os cartazes, os discursos e principalmente os sorrisos.
 Pinçando promessas destaco duas: O candidato que promete uma ponte entre a sua cidade e a ilha de Fernão de Noronha, e do outro que promete leite encanado nas casas de sua cidade. Por aí afora, desaforos à parte, vemos todo tipo de promessas, de botijão de gás a passagem para Miami. Atendimento médico tá um exagero, dentadura, implantes, etc. no Amazonas candidato que prometeu casas para o plano “sua casa sua vida”, foi preso! Antigamente eles diziam a bolsa ou a vida, agora dizem a casa com o voto! Mas é preciso muita cadeia pra tanta promessa descabida...
              Hora de repetir os elegidos:A palavra está gasta.Então, usemos o inverso da palavra:"Não os perdoai, porque eles sabem o que fazem" e o fazem por malícia e impudência, e o fazem por aquiescência nossa, que nos permitimos elegê-los líderes por canalhismo.Eles comem o pão e o brioche. Com a devoção de tantos eles se endeusam com o esquecimento de todos, eles voltam."Não os perdoai, porque errarão de novo" porque errar é, além de humano, gostoso. Porque errando é que não se aprende, se não se arrepende."Não os perdoai, porque são nocivos" apodrecerão os bons frutos, se na mesma cesta, juntos, apodreceremos todos."Não os perdoai porque são exemplos" E, se a palavra está gasta,Salvemos o exemplo.
             Se já analisou  seu voto, e não gostou? Você foi prometido... e mal pago.
                                                              Sergiodonadio.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário