quinta-feira, 11 de setembro de 2014



                                      Governo de Programas  

          Este programa Mais Médicos lembra o Programa Atitude, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude em parceria com dez municípios paranaenses, criado para superar o ciclo de violências contra a criança e o adolescente, ofertava proteção, esporte, cultura, lazer e qualificação profissional aos jovens, crianças e adolescentes. Foi proposto devido à necessidade de intervenção sobre os fatores de risco à violência, no sentido de consolidar uma rede de proteção à criança e ao adolescente, garantindo o acesso aos serviços de saúde, educação e assistência social para famílias em situação de vulnerabilidade social.”
              Pois bem, o programa contratou 200 profissionais, entre sociólogos, psicólogos, educadores e outros, por um ano, prorrogável por mais um ano, coincidentemente findando após as eleições. Passando aí a (dês)continuação dos projetos para as prefeituras. Acontece que essas 34 comunidades arregimentaram milhares pessoas com atendimentos diversos, diga-se quase sem respaldo das prefeituras à altura das verbas liberadas desde o inicio. Intervieram numa gama de situações de desamparo familiar, criaram situações de sociabilização inéditas nessas comunidades. Vencido o contrato prefeituras desmontaram o processo, desligando profissionais das áreas, encerrando um trabalho de dois anos, deixando meninos e meninas que estão tomando um rumo em suas vidas amargas, sendo decepcionados outra vez, por pessoas em quem eles depositaram confiança, entregues às garras de traficantes e à fuga aos policiais (que, grosso modo, não estão preparados para lidar com tais situações, tratando esses adolescentes sem rumo, por suas situações de desamparo, como bandidos escolados nessas trincheiras). Esses adolescentes são buchas de canhão para veteranos fugitivos de polícia. De resto essa desmobilização deixa em vacância carros, computadores, bibliotecas, entre inúmeros itens que, na maioria das vezes se esvai nos esquecidos porões da memória.
           Voltando ao Mais Médicos,  programa criado em 8 de julho de 2013 com prazo contratual de TRES anos,(prorrogável sim, conforme conveniências) há que se ligar o intuito eleitoreiro dos dois programas, pela coincidência de criações, já que o déficit de profissionais da saúde vem de longe, por que o governo, em todas as gestões, não o fez antes? Por que não a mesma atenção à precariedade das instalações hospitalares nesses rincões desprovidos de tudo? Passadas as eleições finda mais um contrato. Salientando que esses médicos, os cubanos, maioria contratada, tem seu passaporte confiscado, seu pagamento desviado, afrontando direitos de nossa Constituição!
             Dúvida de leigo: Consta que no Brasil temos mais cursos de medicina que nos EEUU, mais de duzentos cursos contra pouco mais de cem cursos lá. País notoriamente
Mais aquinhoado financeiramente, com maior densidade demográfica, mais extensão territorial... E muito menos avacalhado. Seria esse o ponto?
            Segunda dúvida: Por que está obstruído o projeto que estabilizaria a situação do profissional como carreira de Estado, e não de um governo, que diminuiria a vulnerabilidade dos contratos para quem se habilita ir para esses rincões? Como também se obstrui como projeto de Estado (não sujeito a qualquer governante) a tal bolsa família e outros benefícios da mesma cesta anti miséria.
            Quem há de responder por esses disparates administrativos, que dói ver passar aos olhos vendados das autoridades “competentes”?!

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