sábado, 18 de outubro de 2014



                                                  Frutos sem terra


                         Diferente da jabuticaba, a corrupção não é um fruto exclusivo daqui, o índice da Transparência Internacional, uma referência mundial, é uma maneira de medir não apenas a corrupção nos partidos políticos, mas também na polícia, justiça e administrações públicas. O Brasil tem a 72ª posição, segundo o índice, e não deveria estar feliz com sua pontuação (42 em uma escala de 0 a 100). Não é suficiente ter o poderio econômico, se não puder dar o exemplo com bom governo. Apesar de novas leis sobre o acesso à informação pública e outra que castiga penalmente as empresas por corrupção - e não apenas os indivíduos - "há a sensação de uma prática de corrupção muito extensa", explica a pesquisa, que pediu ao Brasil que comece a aplicar esta "grande infraestrutura" legal contra a corrupção que afeta os mais pobres, é evidente, se você observar os últimos países da lista da América Latina, a Venezuela é um dos países onde a corrupção é mais percebida, posição 160, (enquanto Uruguai (19) e Chile (22) receberam as melhores notas da região). E dentro destes países, os cidadãos mais pobres são os mais prejudicados — afirma Finn Heinrich, principal pesquisador do índice. Quase 70% dos países da lista têm "sérios problemas", com funcionários dispostos a receber suborno. Nenhum dos 177 países recebeu pontuação máxima, de acordo com a ONG que tem sede em Berlim. Diferente da jabuticaba, este não é um produto exclusivo do Brasil, nos Estados Unidos corre solta, o vice-presidente renunciou faz um tempo pelo mesmo motivo do Arruda por aqui, no Japão o primeiro ministro também caiu. Na Bélgica, na França, na Itália, etc. o maior problema atual na Grécia parece ser o mesmo dos antigos gregos...  na Inglaterra até a Scotland Yard entrou nessa fria! No século XIII A.C. época do Faraó Ramsés II, já se convivia com as artimanhas de corrupção, segundo a história, e, com toda a sua autoridade de Santidade, não resolveu a questão amistosamente. O Egito não mudou muito... No Império Romano a mesma endemia dizimou a autoridade e fez fenecer o resultado das grandes conquistas. Berlusconi é a prova viva de que não mudou também... Nos países asiáticos, segundo consta, corruptos e corruptores são condenados à morte, e, volta e meia aplicam a lei, mas assim mesmo temos lido sobre ministros de lá com a mão na massa. Se, ameaçados de morrer se arriscam, imagine onde a ameaça é apenas perder o cargo, pelo qual já não se abanam, com seus bolsos forrados, por aqui... O poder público desde sempre vive em estado falimentar nesse quesito, é fonte de desavenças financeiras, porque os tributos são parte societária de todas as empresas e profissionais de qualquer natureza, sem sujar as mãos literalmente na graxa do dia a dia, sujam-nas na aplicação de sua porcentagem imposta. A infestação de corruptos e corruptores invade todas as esferas governamentais. Então, por que não reagimos? Penso que é como pernilongo com índio, parece que se acostumaram um com o outro, você não vê índio se coçar, mas se tem um branco perto, ele estará se coçando de tanto ser picado... Você vê alguém acostumado se coçando com as notícias?  Só brasileiros que moram fora. Os daqui, nós, índios do dia a dia com essas picadas virulentas, estamos vacinados. A melhor vacina contra essa endemia talvez seja a computação, que está globalizando os mundos que cabem neste mundo num só patamar: a transparência. Será que isto inibiria a cara de pau de certos cidadãos?
Sergiodonadio.blogspot.com

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