quarta-feira, 22 de outubro de 2014



                                              Tempo de manipulações
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) situou a atual taxa de desemprego no Brasil em apenas 5,3% em outubro de 2012 e mais recentemente em 5% em outubro de 2013. só não é menor que da Suíça (3,1%) e Áustria (4,9%). além do IBGE, há também o índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Como assim? Há 100% de erro então? Quem está certo?(DIEESE) que situa o desemprego no Brasil em 10,5%. Ninguém está certo! A taxa de desemprego é ainda pior. A metodologia aplicada pelo IBGE é  que o senhor que vende bala é considerado empregado, o mendigo pedir esmola empregadíssimos segundo a metodologia do IBGE. são considerados “Trabalhadores Não Remunerados”, sem remuneração, porém, empregados é a definição do IBGE.Outro fato interessante, se um indivíduo desiste de procurar emprego, ele não é considerado desempregado, mas “desalentado”, e não entrará no cálculo do índice, Nessa conta dos “desalentados” está uma parte dos beneficiados pelo Programa Bolsa Família (PBF) que estão desempregados e decidiram viver do benefício, ao invés de trabalhar, a maioria dos demais beneficiários em mesma situação estão como “Pessoas Não Economicamente Ativas”. os beneficiários do PBF não entram na conta do desemprego, mesmo que estejam desempregados, mas se estiverem realmente empregados, logo, entram na conta do emprego. Dois pesos e duas medidas. a pessoa não possui emprego, não quer mais trabalhar, é considerada “desalentada”, não afetando a taxa de desemprego. Ou então, não tenho trabalho, mas não sou desempregado. O Governo conseguiu criar uma nova categoria para substituir o parasitismo. Nessa mesma categoria também entra quem está recebendo seguro-desemprego, pois para o IBGE se está recebendo o seguro, não está desempregado, só “desalentado”, mesmo que não tenha emprego.as pessoas que não estavam trabalhando na semana da pesquisa, mas que trabalharam em algum momento nos 358 dias anteriores e estavam dispostas a deixar o desemprego, como “Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA (População Economicamente Ativa)” e as excluiu do índice (alguns beneficiários do Programa Bolsa Família estão alocados aqui também). De novo, estão desempregadas, mas só por que não gostam disso e querem trabalhar, não são consideradas desempregadas.as pessoas que fazem “bicos” e recebem menos de um salário mínimo são consideradas “empregadas”. Por exemplo, o indivíduo substitui um atendente em um posto de gasolina por um final de semana e recebe R$50 por isso. Mesmo ele tendo trabalhado só dois dias no mês e recebido menos de 10% de um salário mínimo, o IBGE o considera “empregado”.A real taxa de desemprego no Brasil”,   Pessoas desalentadas  desocupadas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora, marginalmente ligadas à PEA  “Trabalhadores” não remuneradosCom todos esses desempregados que ficaram de fora do índice o resultado é assustador, ao invés dos 5,3% do IBGE (outubro/2012) e/ou dos 10,5% do DIEESE no mesmo período, temos impressionantes 20,8% de desempregados no país.
Sergiodonadio.blogspot.com

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