sábado, 6 de dezembro de 2014





Preito à Angelina


A face da velhice é lisa,
Traz a memória estranhamente doce
Das vidas, antes vividas,
Como se vida fosse.

À face da velhice as mãos
Ressaltam veias vivas como rios
Rumo a um mar infindo
De razões quetais..

Na face da velhice a dor
Não dói como antes fora, mas dói
A lembrança doce de
Amargos tempos,

Tempos que se adoçam à face do hoje
A antes menina chora a agora
Sombra do que nem foi nos
Tempos juvenis.

O singelo riso, inda vivo,
À espera do arco-iris prometido
Na conta da manhã
De pouco siso.

A face da velhice é isto:
O reencontro com a inocência
Revivida na foz de vida
Ida nos arco-iris.

Sergiodonadio.blogspot.com

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