quinta-feira, 4 de dezembro de 2014



Queda de braços, de vergonha, de ética, de postura...
Vendo nessas últimas sessões do Congresso Nacional, o empurra empurra nas galerias e o baixo calão no palco principal, entristecidos eleitores,que tentaram eleger representantes,sevêm “desrrepresentados”.  A violência parece ser inerente ao ser humano, desde que a posse por algo material se tornou motivo de discórdia, dos genocídios aos tapas individuais, parece que nós nos conformamos com algumas atitudes, mesmo sendo contrárias ao senso comum, que a cada dia está se tornando incomum, quando alguém esbofeteia o outro em plena praça pública, ou no recôndito de suas casas, nos incomoda mas não seguramos a mão que bate nem confortamos a cara que apanha. Se assim o fizéssemos, provavelmente apanharíamos junto. Mas, a violência que foco não é assim tão sutil, as mortes por espancamento, trucidamento, tiros a esmo, por migalhas, por diferença de opiniões, por motivos banais que levam aos atos absurdos de ações covardes, muitas vezes contra pessoas ou animais irracionais, sem capacidade de defesa, que são os mais atingidos, justamente por indefesos, como crianças, idosos e deficientes... Voltando ao nosso congresso de picuinhas, entre tapas e beijos, parece-me que a última morte por assassinato lá dentro foi do senador José Kairala, pelas mãos de Arnon de Melo que não teve seu mandato cassado nem qualquer punição imposta. Buscando na história as mortes violentas remonto ao Bispo Sardinha, devorado pelos índios em 1556, Estácio de Sá em 1567, jesuíta Francisco Pinto, trucidado por índios em 1608, Zumbi em 1695, Duclerc em 1711, a facada no Rio de Janeiro, Claudio M. da Costa, “suicidado” ao ser preso com Tiradentes em 1789, e o próprio Tiradentes, esquartejado em 1792... Por aí vai... Pessoas de renome como Abreu e Lima, que dá nome à refinaria, morto por fuzilamento em 1818, Joana de Jesus, morta a baioneta em 1822, Frei Caneca em 1825, pelos mesmos motivos políticos, assim como Líbero Badaró em 1825, Pires Canto em 1843, Mena Barreto em 1869 na guerra do Paraguai, Saldanha da Gama em 1895, Moreira César em 1897, combatendo Antonio Conselheiro na guerra de Canudos, também morto na mesma situação. Carlos Machado em atentado, no mesmo ano. Euclides da Cunha, morto a tiro. Pinheiro Machado, a facada. João Pessoa, a tiro. Santos Dumont, suicidado por desgosto da violência da guerra com seu invento. Lampião e Maria Bonita, degolados... Nossa, é tanta violência para um povo dito pacífico, mas que resolve as pendengas no braço, desinteligentemente, como agora, mais ameno é verdade, mas cansativamente brutal, nas sessões congressuais que assistimos ao vivo na TV, em lugar dos rambos ficcionais, esses de verdade... Que vergonha termos elegido pessoas de tão baixo nível para nos representar!

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