quinta-feira, 15 de janeiro de 2015



Descaradamente


A fotografia quase mente,
O sorriso fuso, que não há,
O azul limpo visto de fora
No silêncio desde lá...

A terra não é tão azul,
Como mostra a fotografia,
Como não é sorriso o “xis”
Apagado da cena em briga.

Como não tão lindo o sujo
Como abrigo de insetos
Que também não aparecem

Na fotografia que mente
E de mentira em mentira
A posterior se acredita.






Abraços


Eu vou viver
Para sempre.

Todos vivem
Para sempre

Na memória do
Esquecimento.


















O menino cego
Conta as cores que pinta
Flores e azulejos...
O menino cego
Experimenta as cores
De seus desejos.

















Frente à condição fera


Andamos com os pés
Aglomerados
Como no tempo dos escravos
Trazidos dos longes...
Pensamos estar soltos
Por não ouvir tilintar
De correntes invisíveis,
Mas não...
É só por sentido nas amarras,
Que ouvireis a surda espera
Desses pés aglomerados
Pela soltura da besta fera
Que nos prende... Nos sufoca...
Nos emperra.

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