sábado, 17 de janeiro de 2015



Ventos e vidas

O vento de viver, meu caro,
Traz de longe as recordações
De como foi difícil chegar...
E de como foi difícil partir...
O vento de viver ascende
Velas para o alto mar
Altas ondas, frias esperas...
E procurou chegar incólume
Ao porto predestinado.
O vento de viver acorre
Os cordames de um tempo
Antes das utopias serem...
A procela o traz para perto
E assusta os novos, incautos,
Mas que sobreviverão
Porque antes sangramos
As mãos nos cordames
E as almas na dilaceração.
Advirá daí as promessas,
Cumpridas ou descumpridas,
Propostas socorrer as vidas
Que criamos de nós.

Sergiodonadio.blogspot.com

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