quarta-feira, 7 de janeiro de 2015



Renitências
Do livro cotidianos

Aos que morrem cedo
Longevidade é eternidade...
Impacientes
Digladiam com idosos
Que renitem. Por herança?
Pelo cuidado precisado,
Pelo espelho envilecido.
Dentes frouxos, voz ranhosa,
Ouvidos moucos
E a intermitência de tossir
E sugar sopas barulhando...
Os que morrem cedo
Não sabem a dor de envelhecer
Esses ossos frágeis,
Esses músculos flácidos,
E gracejam...
Os que ficam,
Sentam em suas ancas
Esperando o chá.

Sergiodonadio.blogspot.com

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