quarta-feira, 11 de março de 2015



Alguém aí...


Alguém vê poesia no poema?
Alguns o leem como bula,
Receitada ser bebida
Pouco a pouco consumida...
Alguém chora?
Ou apenas eu rio?
Os olhos lacrimam o momento
A absorver e deglutir
O que me pus exposto
Nessa vitrine... Alguém viu?
Ou apenas esqueceu o lido,
Deglutindo o que servi
Como alimento?
Se assim foi,
Tua alma de leitor
Continua faminta do que leu
Mas esqueceu de ler,
Por desatento.





Deletado


“se perguntarem por mim
Diz que fui por aí...”
Por ali, por acolá... Sem destino
Ou sentido de ir ou estar.
Se perguntarem,
Parti.
Parti-me em tantos ao viajar
Sentimentos, esperanças,
Auroras em novos mares
De marés revoltas
Como ti.
Se perguntarem por que em ti,
Diga não ter motivos
Aparentes,
Apenas o cansaço da mesmice
De ser.

Se quiserem saber mais
Manda um e mail.




Degredos


Todas as ondas veem e vão.
Como somos ondas
Voltamos à raiz de nossos vãos,
Entre as fissuras de arrependimentos
Mora uma saudade sem razão.
Como ondas salgamos
As pernas desejadas, molhamos
As almas constrangidas
Com nossas lágrimas
E divertimos outras com nosso riso.
Rio
De tantas malandragens feitas
Montando esse passado
Perfeito quebra cabeças.
Volto, como onda, abismado
Com as mudanças nessa praia
De degredos.

Sergiodonadio.blogspot.com







A pena de quem pena
É penar sempre...
Assim o pensamento
Se lamenta...
Assim o inconsciente
Se conscientiza
Que haverá
Em cada lamento
Um pouco de brisa.

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