sábado, 25 de abril de 2015



Condenação

Visto-me
Com certa condescendência
Ao pudor das partes...
A morte é um salto ruim
Que não vai viajar contigo.
Ao ordenar um baixo impacto
Estarão a zombar do que não disse,
Embora o pensasse frágil
Nos anéis das estrelas
Um bocejo e êxtase impresso
Nas linhas de luz...

A alegria
É uma chama que se apaga
Quando menos se espera,
A morte ri com maldade
A sofrência dos frente a ela.
As oscilações em torno disso,
De matar e morrer nas mágoas,
Faz-te frágil para a existência,
Nas fileiras desta câmara ardente,
Ardes pelo fato simples
De teres sido pego na jogada.

Maneira sutil de frear aberrações.
Por pouco se fará do medo
Ao menos refrear impulsos.
Por imprudente se verá em susto
Quando o preço de viver é uma faca
Nua, represada de fatores e valores
Deturpados nas manadas...
São dez ou quantos mais
Nessa legião de estrangeiros
Em curso de colisão com fatos
Em essa estrada distante de casa.

Então, chegada a hora temida,
Indagaste sobre o valor de tua vida?
Sobre a desonra assumida de morrer
Dilacerado por tal partida?
Nunca somou ao lucro o desespero...
Apenas viajou, de todos os modos,
Para essa aventura desastrosa
De não ser o primeiro, ou o último,
A penar a pena de ser fraco
Frente à forte decisão suprema
De tua morte. Amém.

Sergiodonadio.blogspot.com

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