domingo, 19 de abril de 2015

Onde não estás
Do livro Pinturas Ed. Amazon.com
Nem no grito,
Nem na duração
Do infinito.
Diante de tua finitude sonhas
O tempo que terás de ida...
De idas...
Ao final da trilha verde
De suas verdes lembranças
Estarás livre.

Algo como um passado
Se desenhando futuro,
Repetição das predições aceitas,
Uma vez herdadas do fazer,
Mesmo que o fazer tenha sido
Incauto, até parecer utópico
O amadurecer do fato,
Que uma vez ainda
Será nobre.
Nas asperezas de teus passos
Quem diria, antes,
Que serias hoje o resultado
Desastrado daqueles sonhos?
Talvez seja o que
Se possa esperar dos incautos,
Utopistas daquele tempo...
Mas será sempre
O fim do intento nobre,
Apenas desenhado puro
Diante de tua finitude sonhada
No tempo que terás de ida...
Estarás onde não estás
Por descuido de encruzos
Perdidos no correr da luta,
Nem no grito,
Nem na duração
Do infinito.
Sergiodonadio.blogspot.com

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