domingo, 12 de julho de 2015



Transidos


Se quiseres pensar meu desabrigo
Tens de caminhar o meu caminho
Entre as dores que sinto e o sorriso
Entre fases vividas e o descaminho

Por onde viajei, vem, nem te digo
O que encontrei de faca e arminho
Nas pedras que pisei ao que intrigo
Nas flores colhidas meus espinhos.

Se quiseres sorrir o meu sorriso
Arrisque me ultrapassar transindo
Sem tropeços meu tropeço sofrido,

Que a paz conseguida tem comigo
A mesma irmandade d’outro linho.
Entre risos e choros, me abrigo.











Depois do amor
Todas as horas são cinza,
Talvez um motivo
Para absorver o dia...
Depois do amor
Todas as horas são cinzas,
Talvez o fogo apagado
Acenda ainda...















Os construtores do mundo
Do livro Abrigos

Entre
Os que destroem seu redor
Tem os que se matam,
Por amor, ódio, indiferença,
Que se ferem por ferir, ou
Pela dor de não poder partir...
E pior se sente...

Neste mundo indiferente
De que seja pedra ou gente.

Entre
Os que destroem seu redor
Tem os que reconstroem
E que farão tudo novamente,
Por amor ou dó ao doente...
Este se sabe melhor e
Melhor se sente.

Neste mundo indiferente
De que seja pedra ou gente.


sergiodonadio.blogspot.com
Lonjuras


O mar está longe,
O sonho está longe.
Onde estão as coisas
Possuídas?
Passíveis de nunca acontecer
Limito-me a olhar o mar e
O sonho nesta pintura,
O que me torna menor que sou,
Apenas criatura.
Mas continuo meu passo
Viajeiro
Que importa o mar ou o sonho,
O que vi primeiro?







Nenhum comentário:

Postar um comentário