segunda-feira, 20 de julho de 2015



antigas fotos


Diante de antigas fotos
Desbotadas
Enxergo os sonhos idos
De meus pais...
Caminhos pedregosos
Que cursaram
Na procura de dar-nos mais.
Diante do desbotado
Desses fatos procuro
Onde começo a desbotar,
Seja já no berço, ou mais tarde,
Se no próprio seio
Ou nos demais... Encontro,
Entre palavras, a resposta:
Sou a soma das encostas
De onde identifico os sinais,
Onde pouso o canto vespertino
Depois das manhãs de ais,
De onde fabriquei meu destino
Tropeçando em futuros
Que corro atrás.


Onde havia flores


Gostaria de ter a paz
De me buscar nas leviandades,
De me pegar pelas mãos
E dar em alamedas geométricas
À procura do canto de sabiás...
Pelo som das alamedas.
Mas estou aqui, nesse lugar
Sem jardins, onde andorinhas
Cantam nas antenas de TVs,
Desavergonhadas de conviver
Com o alarido dos homens
E seus motores, e seus gritos,
E seus britadores, construindo
Mais e mais paredes onde
Havia flores.











Talvez fosse de pedra
O primeiro homem,
E perdeu-se
Ao desalterar-se
Em sentimentos...







Quando o viver
Baba por finitos
É hora de assomar
Espíritos...


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