sexta-feira, 31 de julho de 2015



Cenário final


Amanhã será novo dia,
Quem sabe a tarde seja ainda
Uma manhã nevoenta, quando vier...
Quem sabe esteja morna, quando vier.
Penso nas frases solta que reservo
Para quando vier.
O dia nascerá da penumbra
Nesse canto vespertino,
À espera das sombras levantarem-se,
Das fontes límpidas retornarem
Dos sentimentos criança...
Das coisas úteis, esquecidas na lida,
Como a paz de viver de eu menino,
Frente à infantilidade do adulto...
Quem sabe, as fulaninhas,
Quem sabe as águas das fontes,
As cercas derrubadas...
As pedradas... As pedradas...
Indo embora na fumaça do perdão
Enfim chegado, entendido ser,
Posto à mão.



Cenário em festa


Distribuo sorrisos,
Não me vejo otário,
Não vivo o paraíso do inocente
Nem o inferno do descrente...
Reflito sobre cada ato falho,
Respondo cada um premente...
Aqui me calo novamente
Frente à veracidade desse atalho:
Não somos planta pronta,
Somos sementes...
Amanhã será novo dia!
Quem sabe possa ainda sorrir
Essa alegria de somar dados
E dar conta do fiz de errado...
Sorrir talvez da própria alegria
Da malícia de parecer otário
Na vivência que te faz a mim
Parecer idílico... Ovário
Desse próximo grito: Estou vivo!
Mesmo calado...

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