domingo, 5 de julho de 2015






O que se espera
Do mau caráter,
Político, compadre?







Como já dizia Bukowski


Eu não tenho razão para curtir
As coisas sem alma,
Os supérfluos da lida...
As manhas das manhãs frias...
As alegorias cantadas gemidas...
Um tanto farto de tudo isso
Me basto no abastado som
Da periferia, que me encanta...
Dou meu tempo a esse tempo
Que me dá seu tempo,
Peremptoriamente lento, tenso,
Extenso até o outro tempo,
O da letargia.










Obviedades


O dia hoje
Parece tão distante
Do ontem...
Longínquos acontecimentos
Balizam a opinião restante
Desses dias antes
Do que vivemos agora
Com a derrota da ética
Com a fanfarra muda,
Com as pessoas tristemente
Caladas...
O dia hoje
Se diferencia de todos os outros
Dias gerados desde
O início desta vivência
Tida como bela... Mas passada
Em vãos olhares frios,
Distantes...
Óbvios.





Madame Bovary


Por que
A paz fica tão distante?
Fora do mapa sobre a mesa
As incertezas...
Além do horizonte de nossos olhos
Confabulam por lá
Fatos que não pudemos ver,
E suas músicas
Aquém de nossos ouvidos...
E seus sonhos fora
De nossos sonhos...
Seus sentimentos alheios
Aos nossos, perdidos
Nas obrigações dos dias.
A felicidade não é o que se lê,
É o que se vive do que se lê...
A realidade para assumir
Cada sonho... Importa ao sonho
Que se o realize pleno,
Antes que decorra.

Sergiodonadio.blogspot.com

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