sábado, 31 de outubro de 2015

A ossada lisa no chão crestado
Aos finados
A ossada lisa no chão crestado
Protesta a tempo seu passado,
Rugas cicatrizam ao sol arriado
Desse dia recosendo irado...

Longe do mar e a brisa avara,
Perto do mal inda arrimado,
Mangueirão sem cabras vigia
A secura prenhe de pecados...
A ossada lisa, escultura prazo
Indefinido no chão crestado
Brisa da noite, solares áridos...
Testemunha o tempo arado
Que se vai esgueirando tendo
Por futuro o fruto aziago.
Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle,

Nenhum comentário:

Postar um comentário