sábado, 10 de outubro de 2015



Presa fácil

O cultor de versos tísicos
Pode ser o amo da verdade
Que amamenta as versões
Da mentira dando-lhe vida
De criatura devera versátil.
Presa avara, não tão fácil,
Quando se faz feroz seca
As palavras e as solta sobre
Desafetos com suas adagas
Ferindo-os de morte antes
Que saibam foram feridos.
Presa difícil essa tal poesia
Que, com sua sinceridade,
Mente, diz-se de verdade
Um mentiroso com sorte
De viver-se caminhando
Sobre brasas sob a brisa,
Sobre águas e ombros.
Cansada, a presa ferida
Sucumbirá pela palavra...
Mas não será vencida!

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse,
Clube de Autores, Amazon

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