segunda-feira, 26 de outubro de 2015




A real beleza de viver-se


A real beleza de viver
Não esmorece,
Padece algumas
Dores do cansaço...
Geme joelhos desdobráveis
E segue...
Que o partir faz parte
Da beleza de viver-se,
Sem pressa
De solver-se em magma
Sob uma terra
Que sepulta lembranças
Do que fenece.










Queda


A sombra procura os passos
Do que a produz tão rápido...
Consome-se aqui o proveito
Daquela ausência rígida
Feita de outro jeito...
O da sombra que se afasta
Na queda do seu sujeito.






O pardalzinho


Sem contar com o estrago
\de suas fezes no meu carro,
Namora sua imagem
No espelho retrovisor
E se aquinhoa deslumbrado...




Contornos


A lua passeando na madrugada...
Não é uma visão poética,
É só olhar para este céu de lua 
cheia em amalgamadas teias...
A verdade aleatória das tardes
Quando os olhos confirmam
Os contornos dos morros...
Da variedade de cores solares
Se pondo... Até o nada,
Stand de sóis fotografados
Expostos numa parede branca
São as verdades não ditas
Desse mundo errante cada dia.
São os caprichos da natureza
 impondo à visão humana
A beleza de suas verdades...
O charme desses contornos,
Dos morros e das mulheres,
Sob os sóis das tardes.

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