quarta-feira, 11 de novembro de 2015



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De eu pra mim


De eu ser menino
Inda lembro
Dos memoráveis dias curtos
Dos sonhos longos...
De eu ser feliz!
De eu ser me compreendo
Agora que já não o sou...
Como éramos errantes...
Como éramos viajores...
Como era eu desafiador.
Quanto tempo passa entre
O ser criança e o não ser
Mais, dentro dessa dor?
De eu ser menino
Inda me invejo
Dos memoráveis anos idos,
De sonhos tidos...
De eu ser feliz.










Moro na minha idade
Sem passado de remorso
Apenas a atualidade.
Dói?
De pouco em pouco
Perco a sensação dessa dor
Com novos motivos de prazer
Ouvindo a atual idade,
De mim e das coisas,
No convívio da atualidade...
Gene não,
gente não mora comigo,
se acerca, cada um
com seu quintal
de maravilhas e medos
na nostalgia do hoje cedo.












Sorri-me nas horas vividas.
Inda me sorrio sozinho,
Falo-me, gesticulo,
Sorri-me nas horas lentas,
Nas apressadas,
Apreciadas serem...
Sorrio-me ainda agora
Das horas sorridas em mim.




















As árvores paradas na rua
Têm a melhor vista
Desde o homem apressado
Ao menino e sua bola,
Na janela a moça nua,
Como escola...
As árvores paradas na rua
Falam-se das coisas vividas
Entre a moça e o moço
No viço das margaridas

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