quinta-feira, 19 de novembro de 2015





À procura da minha alma
Me assombro,
O que há de haver sob o manto
Que cobre meu desalentado sonho? Febre?  Relento?
Ao que procura minha alma
Estou atento.





Revirares


Revirando essas gavetas
Encontro com os pés
de meias sem seus pares...
Meus pés deixados quietar
Entre as coisas desprezadas
Ao desprezível sonhar.
Revirando minhas meias
Encontro uma gavetaiada
Que desconhecia conhecer
Embora tenha intimidade
Com elas, que me acolheram
E que esqueci-me depois...
Revirando minha memória
Encontro meias sem par
E notícias abjetas dizendo
Do que não fui nos jornais,
Mas que possa vir a ser
No revirar do viver...

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