domingo, 22 de novembro de 2015



Todas as horas


Todas as horas são longas,
Todas ficaram velhas
E se amontoam em memórias
Das horas juvenis, aquelas...
Todas as horas demoram-se
Entre valores e valetes
Demolem-se em sopros
E em assobios estranhos
Às horas em festa ou ranho.
Todas as horas choram
A música das alegrias
Somadas à apatia
Das outras, as vazias...
Todas as horas me motivam
E sopram as novas velas
E sangram os novos momentos
Nas horas abandonadas
Ao esquecimento...
Aquelas levadas a sério.
Todas as horas são belas,
Todas as horas são velas
E singram na minha mente
O que inda sinto por elas


A minha forma de amar


Gostaria de ser o que não era...
- Ele tem futuro. Diziam.
-Ele tem um longo caminho.
Alisado pelos sonhos me alinho.
Mas não me vejo plantado,
Foice, machado ou cajado.
Via-me viajado, cobrindo limites
Entre a forma de ir-me
E a força dos fórceps
Segurando amarras...
Um dia desprendo-me.
Atravessei umas poucas águas
Mas o tempo me pressionou,
Queria conhecer Europa,
Não pude, ocupado em fenecer
As faltas que trazem a fome,
Não do corriqueiro arroz e feijão,
De liberdades consumidas...
Fui-me e voltei-me tantas vezes,
Sem sair daqui sonhei-me viajor,
Fiquei me vendo viajores...
Os sonhos esvaneceram.
Parei para pensar os erros
E estou aqui me vendo capaz
De sonhar desterros.

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle.






Visito uma terra arranjada,
Que não está em mim...
Aquela em que aprofundo
Pensando salvar o mundo.









Se a onda for esta,
A primeira...
Sei-me em outra onda,
A derradeira...

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