segunda-feira, 23 de novembro de 2015



Infestos


As mãos
Procuram sentimentos,
Levam à boca
Alguns vícios loucos,
Distraem olhos fixados
Na ilusória mágica
Dos dados...
Alimentam a luxúria
Com seus dedos...
Atraem as lonjuras
Com seus gestos...
Desfazem-se em lamúrias
Com seus erros
Perdoados serem abjetos.
As mãos se insinuam
Entre as pernas ,
Formam um triângulo facto
Das coisas feias
Que lhes pareçam belas...
Assim é que essas mãos
Pintam os marrons
Das aquarelas.



Afloramentos

Que onda é esta
De terem-se presos
A whatsapps, se ervo?!
Relevo, às vezes,
A penumbra de ideias,
Visando o momento
Extremo de lezíria...
Mas não atrevo
Pendurar-me nela,
Um galho fraco
Perecível ao vento
Das histórias nobres
De outros tempos...
Que onda é esta,
Nomadizada? Ou eu
É que não a entendo?
Às vezes flores
Floram em calçadas,
Outras defloram
Em confinamento.
Que onda é esta,
Nesse relento?

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle.


Horizontes


Na espera por exprimir
Momento de bem estar
Às vezes vejo-me partir
Antes de me ver chegar.

Quem dera fosse definir
O que é enfim esse ficar
Nas ondas de não remir,
Sonhadas antes viajar...

Pelos mapas hão de vir
Passagens dalgum lugar,
Já estivemos por aqui

Caminhando esse lugar,
Entre as forças de não ir
Está a fraqueza de ficar.

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