terça-feira, 5 de abril de 2016






A luz que se avistava
Não era o fim do túnel,
Era a última vela,
Agora apagada.








Diz sim quando fala um não,
Diz não quando assente
Sem discutir a razão...






Todo ouvidos


A palavra
Abate sem sangrar
Externamente...
Muda de intenção
A cada vírgula,
Distrata tratados
Inconvenientes
E se despede...
Volta ao antigo lar
E se acomoda ao grito
Onde a mesma
Cama a esperava,
E se molda
À coberta entregue
Agora que o sentido
É quase nada.







Idas e vindas


A ida,
No passar do tempo,
Encara os desalentos...
Uma febre
Por constipação,
Por friagem,
Por tesão,
Assim o desalento
É feito a carne
Posta à refeição.
O outro,
O abonado,
Serve-se à mesa oposta,
Explora a dor que a fome
Trouxe de lá fora,
Consome
O que seria esperança
Ao outro homem.


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